Estava esses dias refletindo sobre o que é a felicidade. Aos 31 anos, entendo que a felicidade não é o mar de ilusões que pensava ser aos 10. Não sou uma adulta rica, completamente realizada e sem defeitos. Muito longe disso. Para viver bem, precisei ressignificar o que era a tão sonhada felicidade. Cheguei numa concepção.
Mas antes de falar a minha definição de felicidade de hoje, preciso contar como foi cair na real. O ano era 2017. Eu tinha voltado para o Rio depois de viver quase 6 anos ao Sul. Estava muito frustrada, tanto emocionalmente quanto profissionalmente. Mas, tinha novos amigos, novos interesses e queria um novo rumo de vida.
Uma amiga querida, conversando de forma despretensiosa, me disse que não sonhava muito com o futuro. Que queria apenas ter dinheiro para manter seu estilo de vida atual. Ela já estava feliz com o que tinha, com o que fazia, como vivia.
Aquelas palavras encontraram um solo fértil no meu peito. Eu estava tão frustrada por que o que sonhava era muito longe, muito distante da minha realidade. Parecia (e era) impossível e isso me jogava para baixo. Além disso, eu estava colocando a responsabilidade da minha felicidade para os acontecimentos da vida no futuro. Ou seja, em um terreno completamente longe do meu controle, e que por sua vez, me gerava ansiedades e dúvidas terríveis.
Desde esse dia faço o exercício de reconhecer a felicidade. Sim, isso mesmo: re-co-nhe-cer. Na verdade nós já temos acesso a felicidade, e reconhecer isso nos fortalece para cultivar cada vez mais esse sentimento em nós. E inevitavelmente, mudamos nosso comportamento e a nossa realidade (na medida do possível para um único sujeito, deixando claro).
A felicidade pra mim hoje é olhar para minha vida, olhar ao redor e reconhecer as belezas que fazem a rua que eu moro única, por exemplo. O prédio que eu moro? O lugar mais bonito que já vivi. O meu trabalho? A versão mais autêntica do meu compartilhar no mundo. O meu relacionamento? O mais respeitoso e amoroso que já vivi!
É olhar para o que já tenho com gratidão, lembrando que nada é garantido, e percebendo que é um presente ter no dia de hoje essas maravilhas em minha vida.
Felicidade, para mim aos 31 anos, é conseguir ver, mesmo com tantos problemas no mundo e no meu país, as delicadezas que me fazem achar que é bom viver, vivendo exatamente do jeito que já estou vivendo.
Não que eu não queira ser melhor, que o mundo seja mais justo e mais amoroso. Mas entenda: reconhecer a felicidade no aqui e no agora me dá a força que preciso para ser leve, feliz e generosa. E ao meu ver, todo o mundo precisa muito disso para seguir em frente.
E para você, o que é felicidade?
Deixa um comentário aqui embaixo e vamos conversar?
Com amor,
Grazy.
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