Bom, acho que sempre é válido abrir o coração e falar sobre nossas histórias. No meu caso, eu já comentei aqui que escrever sobre as coisas que me acontecem são formas eficazes de entender os fatos e pensar sobre novos caminhos. Por mais que eu corra, escrever tem se tornado uma boa terapia.
A verdade é que eu nunca fui de me alimentar bem, sempre fui muito magra, gastava muita energia, já tive distúrbios alimentares na pré-adolescência e já dei alguns sustos na minha família. Mas, tudo sempre esteve sobre controle. Depois da minha primeira separação, quando cheguei aos incríveis 43 KG, fiquei em observação por uma segunda hipoglicemia, então eu resolvi que me alimentaria melhor. E de fato, muita coisa mudou! Eu comecei a comer bem e a me cuidar, a buscar ajuda de um nutricionista e a prática de exercício físico regular. Tudo ia bem, até que no dia 12 de setembro do ano passado me separei novamente. Com a separação, resolvi que pararia de tomar a pílula. E aí, tudo veio à tona.
Em outubro eu fiquei bem doente, sem voz por um mês – e tendo que organizar uma feira de noivos, imagina! -, voltei em novembro pro Rio me recuperando, mas uma semana depois fiquei bem doente, com a minha primeira crise de sinusite, segundo os médicos, por eu ter curado mal esse resfriado que peguei ainda no sul. Junto a isso, tive uma crise de espinhas pelo rosto, colo e costas. Começavam os primeiros sintomas da SOP – Síndrome dos Ovários Policísticos. Fui a ginecologista, ao endócrino e a uma dermatologista. Todos queriam me receitar novamente a pílula. Mas gente, a pílula não resolve o problema, ela só é um paliativo, pois eu já tive SOP aos 16 anos e quando parei de tomar a pílula, tudo voltou! Eu estava disposta a resolver! A ir na causa do sintoma. Para mim a SOP é um sintoma!
Tentei mil coisas por conta própria e muitos remédios receitados por eles. Era para algo ter dado certo. Mas se tem uma coisa que eu não acreditava era a reposta para o motivo da minha SOP. Não descia esse lance de ser genético, até porque na minha família ninguém tinha tido essa síndrome até então. Eu queria ir mais fundo!
Depois de 9 meses desesperada, me sentindo feia, com a pele e os cabelos minando óleo, espinhas por todo o corpo, eu resolvi buscar outras formas de tratamento e de diagnóstico. Postei no Facebook se alguém conhecia algum terapeuta ligado a Ayurvéda. Muitos nomes me foram indicados, mas a Fabiane Martins me chamou no privado do Whats e me deu várias dicas de outras terapias, também bem interessantes. Como o tratamento na Ayurveda ficaria meio caro para mim agora (imagina o que é gastar 9 meses de remédios que não deram em nada?), resolvi seguir uma indicação dela para um naturopata, nutricionista e terapeuta holístico, que usava a Iridologia como base para analisar o funcionamento do organismo. Não foi barato, mas eu pagaria novamente!
Esse médico é gaúcho, mora em São Paulo e vem uma vez no mês ao Rio. Ele analisou meus olhos de diversas formas e os fotografou como uma lente especial. Conversou comigo, observou os padrões das minhas íris. Percebeu que sou muito sensível, mas ao mesmo tempo racional, o que em deixa sempre com a cabeça cheia de pensamentos, o tempo todo.
E aí, ele me deu o diagnóstico, que está ligado totalmente a SOP. Eu tenho, desde algum tempo, a Síndrome do Intestino Permeável, ou seja, as bactérias, fungos, parasitas e toxinas do meu intestino (que normalmente iriam para as fezes) “vazam” para a minha corrente sanguínea, provocando uma inflamação generalizada em todo o corpo. Eu simplesmente tenho TODOS os sintomas! Essa síndrome pode gerar doenças autoimunes (esclerose múltipla, por exemplo), diabetes tipo 1, doença de Crohn, doenças inflamatórias na pele, compromete o funcionamento do fígado, o sistema linfático, a imunidade, o sistema endócrino (olha a minha SOP aí), desnutrição e fadiga crônica.
Ok, mas e o tratamento: além de suplementar todas as vitaminas que estão em baixa por causa desse processo, minha única saída é uma reformulação total do meu estilo de vida. Cortar o glúten, os derivados do leite, os refinados. Virei vegetariana (já vinha nesse processo, só comia peixe e camarão a mais de um ano), cortar a cafeína, comer muitos vegetais crus, enfim… comer comida de verdade. Atividades físicas também entraram, além de ajudar a controlar o sistema endócrino, vai fazer bem a todo o corpo e facilitar a digestão.
Descobri que a minha compulsão por doces era uma resposta do meu corpo a falta de energia, já que eu não conseguia absorver direito o que comia. Ele queria energia de forma rápida e esse era o jeito. Nesse momento estou com essa vontade louca de comer um doce, mas né…
Fiz esse post pois queria alertar você sobre a sua saúde. Eu tenho 27 anos e os meus hábitos alimentares de toda a vida estão trazendo a conta agora. Eu já tinha comentado lá pelo Facebook que a vida estava me cobrando muitas reflexões e mudanças de hábitos, mas eu não imaginava que tudo viria tão rápido, e na marra. O Universo sempre nos chama (ou por amor ou pela dor) para rever as nossas escolhas e refletir sobre o que andamos fazendo com ela.
Se eu posso te dar um conselho, seria esse: “a vida é agora, não perca mais tempo.” Se o meu corpo é a condição básica para eu estar existindo nesse planeta, eu vou cuidar muito bem dele, pois tenho muito a fazer por aqui ainda!
Então, nessa semana, além de virar de fato vegetariana, me matriculei e paguei por 6 meses na academia. Já paguei para ir mesmo! haha No final da semana irei ao mercado comprar tudo que preciso para a minha nova dieta e também vou comprar os suplementos e florais que me foram receitados. Depois de três meses, volto ao médico para ver o andamento das coisas. Bom, é isso. Mais um desafio, mais um motivo para ser grata pelo aprendizado da vida. eu fiquei uma semana apenas digerindo todas as mudanças que precisaria fazer para ter mais qualidade de vida. Foi um soco no estômago, não vou negar!
Dessa vez eu prometo ir pelo amor! E você? Por qual caminho está indo?
Não esqueça de comentar!
Com amor,
Grazy
Juliana says
Achei tudo de bom a sua história, muitos aprendizados, mudanças, reflexões e que seu caminho seja lindo, orgânico, transcendental <3
Grazy Pacheco says
Oi Ju! Obrigada pelo seu carinho, pelas suas palavras!
Muitos aprendizados mesmo! E eu sei que é só o início! <3
Beijos
Gianhela Farias says
Nossa Grazi, fazia um tempinho que não te acompanhava, mas que bom saber que és determinada e focada!!!
Realmente serve de alerta à muitas pessoas, principalmente mulheres que tem diversas atividades profissionais e pessoais que acabam se deixando de lado e não percebem que amanhã ou hoje ainda o corpo vai reclamar.
Vai em frente garota!!
Continua firme que realmente ainda tens muito o que fazer.
Grande beijo.
Grazy Pacheco says
Oi Gianhela! haha tinha sentido sua falta! 😉
Sim, continuo aqui, firme e forte!
Minha intenção ao escrever esse texto era essa mesmo: um alerta! Uma hora as consequências das nossas escolhas chegam, e eu espero que as minhas sejam boas consequências! haha
Obrigada por ter deixado seu recadinho!
Beijos
Grazy
Anna Deise Lopes says
Amei seu texto!!!! Obrigada por dividir isso. Vou t chamar no privado.
Grazy Pacheco says
Ownn, obrigada!
Pode me mandar um e-mail para contato@grazypacheco.com
Beijos e obrigada por deixar seu recadinho! <3